21 fevereiro 2006

Ficções nocturnas

Há uma força que me prende.
Um não fazer ocioso e incauto.
Sonhar é mais fácil, mais seguro.
Ninguém falha verdadeiramente nos sonhos.
A não ser quando se vê acordar e, de regresso à realidade,
se enlaça de novo na cadeia de acções fúteis e quotidianas.
Quero adormecer com uma ideia cheia de esperança.
Não com a ideia de me concretizar
durante as ficções nocturnas que a minha mente encena.
Antes deitar-me com a vontade de dormir depressa
e acordar refeita do medo. Arriscar.

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