06 abril 2006

Bom dia

Uma corrente de ar frio levanta a máscara e deixa-lhe o rosto vulnerável.
Com os olhos semi-cerrados e encandeada,
ela aprende pouco a pouco a sentir o calor da luz intensa.
Deixa-se olhar. Começa-se a mostrar. Permite-se desejar.
Com o quotidiano vai nascendo outra vez, lentamente,
como uma planta frágil a ser regenerada pela luz do sol.
Como a aurora, aquela luz também aparece todos os dias,
para a salvar das armadilhas escuras da noite.