29 dezembro 2007

Sim, vale a pena

Se ontem tivesse sido um dia bom, hoje estaria de ressaca.
Assim, mantenho a sobriedade na penumbra,
que me obriga a abrir bem os olhos, para ver algo mais do que me é revelado.

Há sempre opção. Já não há caminhos sem saída nestas coisas do coração.
Oh desesperos inúteis para os quais já ninguém tem paciência...nunca mais voltem. Adeus.

É já um cúmulo de tempo a analisar sentimentos, a viver experiências de extasiar os sentidos, a tomar conta da pessoa mais frágil que conheço, que é ao mesmo tempo a que sabe ser mais forte. Eu.

E este tempo de observação, emoção, paixão, persistência, consciência, razão, responsabilidade, adaptação. Vale a pena?
Sim. Vale a pena.
Mas desta vez mais logo. Mais tarde.
Depois do nascer do sol. Depois do frio passar.
Quando a fragilidade for definitivamente abraçada pela força própria de viver.

27 dezembro 2007

Direcção

Se o que me move tivesse já uma direcção bem definidida, marcada no tempo, riscada no espaço, poderia até ser muito menos eu.
O que me move é sentimento, é cor, antecipação de alegrias e desejo de prazer.
Se tivesse mais certezas perdia-me a encontrar outras dúvidas.
Permito-me não duvidar de mais nada. Avançar na direcção que escolhi, saltando cada obstáculo com aquele sorriso estampado na face, de quem alcançou mais um objectivo.
Não sei para onde vou. Não sei como vou. Mas, insisto que vou.

21 dezembro 2007

Apaixonei-me outra vez

Apaixonei-me.
Dei por mim a admirar características que pensava não existirem.
Descobri uma força grande vinda do mais profundo.
Encontrei-me com sentimentos de todas as espécies, em conflito, em conversa ou em harmonia.
Agora posso sorrir sem receios. Sentir sem medo. Acordar sem ressentimento.
Apaixonei-me.
Mas desta vez foi por mim.

09 dezembro 2007

Guardião do meu sorriso

É nos momentos em que tudo esqueço por te ter em mim, que me reconheço.
Quero dar-te este sorriso quente num beijo longo deslizando húmido pela nossa imaginação, que já é uma só.
Sinto-te. Aperto-te. Afagas-me e adormeço refeita para caminhar pelo gelo que me espera amanha, lá fora. A minha certeza é que guardas em ti o meu sorriso, como precioso, e que mo devolves sempre nos raros segundos de tranquilidade que conseguimos juntos. Mas quero que o continues a guardar contigo, dentro desse espacinho que tenho no teu coração. Comigo, o meu sorriso pode esmorecer e nunca mais aparecer. Morrer.