18 julho 2008

Saber

Saber. De que serve o saber?
Pensar em saber demais, triturar saberes com sabores de fel, todos os dias. Não!
Não me deslumbro. Deveria? Talvez. Não quero.
Fecho-me. Mas eu sei que não basta saber.
Conheço as ambições egoístas dos que devoram o mundo, espezinhando os ossos já estilhaçados dos outros. Sei.
Muito esperneei, mas libertei-me das garras desses falcões, há tempos e levantei-me.
Ficaram cicatrizes de sangue que nunca mais sararam; são como um bem que existe para me ensinar que nunca lá hei-de voltar.
Saber. De que serve o saber?
Levantei-me para saber.
Saber desaparecer.
Morrer a saber. Querer.






27 maio 2008

Incompleto

Inverno. Pura corrente de ar, que trespassa a sala.
Um lar ainda embalado pelo amargo incompleto.
Espaço mutante, um tempo veloz projectado na mente ansiosa.
O que mais será hoje?
O amanhã já o sei decor. É.

10 abril 2008

Xiu!