24 julho 2007

Lágrima a cores

A força que tenho sorvo-a da vontade de arriscar.
Umas vezes grande, a encher o peito de ânimo e de energia o corpo, baila entre os impulsos energéticos do pensamento. Curva-se diante de uma plateia que se regozija de orgulho.
Outras vezes e agora, é pequenina, fina mas resistente. Estremece ao ver cair uma longa lágrima quando, ao som de Mozart, aquele quadro que ficou por pintar me vem ao coração dos olhos. Nunca se lhe pegou
a tinta. Escorre pela mesma caleira enleada com a lágrima, que vai colorizando.
A lágrima deixou de ser um longo pingo salgado e transparente. Da união da força com a agua cria-se a tinta de todas as cores. Voltará ao quadro, nem que seja num breve olhar que não vê, mas sente.
Um dia, a obra nascerá...o sonho existe.

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