17 maio 2006

Penso que penso

Tenho os pensamentos fragmentados, deslocados, inertes.
Quanto custa não pensar em nada?
Uma caixa de projectos de ser?

Ou uma mala de contentamentos fúteis?
Quanto custa não pensar?

Custa os horrores da mediocridade ou os valores da sociedade ignóbil...quem sabe se custa tão pouco como uma noite dormida em pleno?
Perco-me onde me encontro e choro.
Choro porque não tenho razão para chorar.

Percorro-me porque de vazio estou repleta.
Desfaço-me, refaço-me e adormeço.
Muito para além do sentimento, penso.

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